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Prefeitura investe em mobilidade urbana e enfrenta gargalos do transporte público




22.02.21 17:57

Nos últimos anos, Aracaju tem experimentado o crescimento nos mais diversos aspectos. No trajeto de desenvolvimento e expansão da cidade, um dos principais fatores que incidem sobre os munícipes é o trânsito. Consequentemente, o transporte público, por atender a maior parte da população, merece atenção especial.


 
Neste sentido, a Prefeitura, por meio da integração de diversos órgãos e secretarias, tem tratado o assunto com a dimensão que este demanda, desenvolvendo obras e tomando medidas que têm impactado positivamente os usuários e, de forma coletiva, contribuído para a mobilidade urbana na cidade.



Iniciado na gestão passada (2017-2020), o Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju foi um dos carros-chefes das preocupações da administração municipal, tendo como linha de frente as obras de requalificação dos quatro principais corredores de transporte da cidade: Beira Mar, Centro/Augusto Franco, Hermes Fontes e Augusto Franco. Juntos, eles somaram cerca de R$45 milhões em investimentos e resultaram na revitalização completa de dezenas de quilômetros da malha viária urbana.



Encontrar alternativas para adequar a cidade aos diversos meios de transporte, e alia-las a soluções eficientes para diminuir os impactos ambientais são estratégias adotadas pela Prefeitura para qualificar a mobilidade urbana.



De acordo com o secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, quando o Projeto de Mobilidade foi estruturado, planejou-se a interligação das vias, de modo a favorecer o transporte coletivo e, desta forma, incentivar a diminuição da quantidade de veículos particulares em circulação e desafogar o trânsito.



“Temos as principais linhas de ônibus no sentido Norte/Sul, que é a linha Beira Mar e, paralelo a ela, Hermes Fontes, o corretor Jardins, que é a Pedro Valadares e mais uma série de pequenas ruas e a Rio de Janeiro. Todas essas vias são paralelas entre elas, e levam, desde o Augusto Franco e Santa Maria até o Centro da cidade. Mais de 60% do volume de transporte da cidade passa por essas vias. Paralelamente, a Prefeitura fez melhorias em alguns eixos no sentido Leste/Oeste. Também foi feita a [revitalização] da Francisco Porto e da Coelho e Campos, da Barão de Maruim, de maneira que grande parte dos principais corredores da cidade está, não só com asfalto novo, o que melhora a agilidade do fluxo, mas também com pintura e faixa de pedestre. Isso tudo contribui para a mobilidade de Aracaju”, destaca.



A infraestrutura do corredor Beira Mar contemplou os bairros Centro, São José, Treze de Julho, Jardins, Inácio Barbosa, Farolândia e Atalaia e demandou investimento de aproximadamente R$9,8 milhões. Já a infraestrutura do corredor Centro/Augusto Franco contemplou os bairros Farolândia, Inácio Barbosa, Jardins, Grageru, Treze de Julho, Salgado Filho, São José e Centro, com investimento de R$8,5 milhões.



Nos serviços do corredor Hermes Fontes, que contempla as avenidas Hermes Fontes, Adélia Franco e Empresário José Carlos Silva, e atravessa os bairros São José, Salgado Filho, Suíssa, Luzia, Grageru, Inácio Barbosa e São Conrado, foram investidos R$22,3 milhões. No corredor Augusto Franco, que vai da avenida Gasoduto até a rua São Cristóvão, no início da avenida Augusto Franco (antiga Rio de Janeiro), foram investidos R$11,3 milhões.



Todo esse planejamento e investimento no Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju, segundo o superintendente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Renato Telles, tem possibilitado mais agilidade ao transporte público e maior fluidez ao trânsito como um todo.



“Já que, além das faixas exclusivas e dos novos abrigos de ônibus, há novas sinalizações e, inclusive, calçadas e acessibilidade. Os corredores foram pensados para beneficiar toda a população. Desde os pedestres, aos condutores e ciclistas”, garante.



Reforma dos terminais


Em harmonia com a melhoria das vias, a Prefeitura iniciou a reforma dos terminais de integração Zona Sul, DIA, Maracaju e a construção do novo terminal do Mercado.



No Terminal de Integração da zona Sul, localizado no bairro Atalaia, estão sendo trocadas as instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de gás, de alarme e de combate a incêndio, pavimentação e coberturas. Os banheiros também estão em reforma. Por causa dos trabalhos, apenas metade do terminal está em funcionamento.



O Terminal do Distrito Industrial de Aracaju (DIA) está recebendo uma intervenção estrutural semelhante ao da zona Sul. Os trabalhos começaram pela retirada do piso antigo, por isso o acesso está acontecendo apenas pelas catracas viradas para o Viaduto Carvalho Déda. Estão sendo executados, também, serviços como troca da cobertura, pintura, instalação de novos sistemas elétrico, hidráulico e de combate a incêndio, além de melhoria da acessibilidade a pessoas com deficiência e revitalização dos banheiros.



No Terminal de Integração Maracaju, estão sendo feitos reparos em diversos pontos, como substituição da cobertura, revitalização da sinalização, pintura e recuperação da estrutura metálica.



Já ao lado do Terminal do Mercado está sendo construído um novo terminal. Contudo, durante a obra do novo empreendimento, os passageiros que chegam ao terminal a pé devem tomar cuidado com o fluxo de operários e distribuição de materiais na área de construção para evitar acidentes.



Congelamento da passagem


A Prefeitura tem reunido esforços, ainda, em torno da passagem do transporte público. Nos últimos dois anos, 2019 e 2020, não houve reajuste da tarifa.



Em agosto de 2017, o Município anunciou um reajuste de 12,9% da tarifa, elevando o seu valor para R$3,50. Já em dezembro de 2018, estabeleceu um reajuste de 14,2% da tarifa de ônibus, elevando o seu valor para os atuais R$ 4, após os estudos realizados pela SMTT e análise da planilha de custos do transporte público.



Em 2018, o Município alegou que, em virtude do aumento com insumos, em especial o combustível diesel, que cresceu 24,2% em relação a agosto de 2017, data do último reajuste da tarifa, não foi possível manter a tarifa nos valores atuais. Na época, destacou ainda que o valor do aumento foi 47% menor do que o solicitado pelas empresas do setor, que pleitearam uma tarifa de R$4,44.



Para 2021, ainda não há discussões a respeito do reajuste da tarifa.





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